terça-feira, 29 de setembro de 2009


A Somatização em Crianças
Por Eliane Pisani Leite


A somatização pode ocorrer inclusive em crianças, aliás muitos cientistas afirmam que muitas doenças tem sua origem nos fatores emocionais.Existem reações físicas provocadas por causas psicológicas e reações psicológicas provocadas por causas físicas.Um bebê mostra seus desejos, seus sentimentos, sua dor ou desconforto, assim como os seus prazeres, com o corpo. Quando uma criança aprende a falar, começa, quase sem perceber, a diminuir a expressividade dos seus gestos, principalmente do corpo como um todo, porque os adultos não são muito bons para entender a linguagem corporal. Mas continua “falando” com a expressão do rosto e do resto do corpo, coerente com o que diz, pensa e sente.Por isso mesmo, a criança tem mais reações físicas que o adulto quando alguma coisa a assusta ou faz com que fique ansiosa. Como a criança pequena ainda não tem muitos meios de entender e agir diante das coisas que a afligem, seu corpo responde e ela podendo ficar doente ou mostrar sintomas de doença. A isso se dá o nome de somatização.Quando o adulto percebe uma criança abatida, com febre, adoentada, logo imagina que a causa é física. Mães experientes, no entanto, estão acostumadas a perceber quando a criança tem emoções fortes demais, quando está angustiada, com medo, ansiosa. Se o relacionamento dos pais com os filhos é bom e a criança tem confiança, pode ser que ela consiga falar a respeito. Quase sempre basta conversar para que ela se recupere rapidamente. Quanto mais a criança for compreendida e quanto mais o adulto entender o que seu corpo quer comunicar, mais depressa e melhor ela aprenderá a lidar com seus problemas sem ficar doente.Fazer a criança falar sobre seus problemas, mesmo que seja através de gestos e expressões, sempre ajudará a criança a colocar para fora suas angustias. Isso evita que eles somatizem e tenham problemas físicos.Existem crianças que só de olhar para o pai ou a mãe, percebem se eles estão ou não aprovando o que elas estão fazendo, dessa mesma forma aprendendo a fazer a leitura do comportamento da criança, o adulto poderá evitar muitas situações difíceis.
Eliane Pisani Leite - Autora do livro: Pais EducAtivosPisicologia Acupuntura Psicopedagogia -

Criança Genial - CG às 11:52 0 comentários
Sexta-feira, 31 de Julho de 2009

Nove Dicas Para Incentivar e Ensinar As Crianças a Lerem


A coisa mais simples e também a mais importante que os adultos podem fazer para ajudar as crianças na fase da Pré ou Alfabetização, a criarem o hábito de buscarem o conhecimento do qual elas irão precisar, para serem bem sucedidas na vida pessoal e profissional, é simplesmente ler alto para elas, começando com isto desde cedo.

A habilidade para ler e entender o que está escrito capacita as crianças a serem auto suficientes, a serem melhores estudantes, mais confiantes, levando-as desse modo às melhores oportunidades na vida profissional e a uma vida mais divertida, tranquila e agradável.



Veja a seguir, As Nove Pequenas Coisas que os Pais, Avós, Professores e outros parentes, dispostos a ajudar, podem fazer para auxiliar seus pequenos a aprenderem e a criar neles o gosto pela leitura.



1. Leia em Voz Alta, para seu filho diáriamente. Do nascimento até os seis meses, ele provávelmente não vai entender nada do que você está lendo, mas tudo bem assim mesmo.
A idéia é que ele fique familiarizado com o som de sua voz e se acostume a ver e a tocar em Livros.



2. Para começar, use Livros Ilustrados sem textos ou com bem poucas palavras. Aponte para as cores e figuras e diga seus nomes. Livros simples podem ensinar a criança coisas que mais tarde vão ajudá-la a aprender a ler. Por exemplo, ela aprenderá sobre a estrutura da linguagem - que existem espaços entre as palavras e que a escrita vai da esquerda para a direita.



3. Conte Histórias. Encoraje sua criança a fazer perguntas e a falar sobre a história que acabou de ouvir. Pergunte-lhe se pode adivinhar o que vai acontecer em seguida conforme for contando a história, com os personagens ou coisas da trama. Aponte para as coisas no livro que ela possa associar com o seu dia a dia. "Veja este desenho de macaco. Você lembra do macaco que vimos no
Circo?"



4. Procure por Programas de Leitura. Se você não for um bom leitor, programas voluntários ou governamentais, na sua comunidade ou cidade, voltados para o desenvolvimento da leitura, lhe darão a oportunidade de melhorar sua própria leitura ou então ler para seu filho. Amigos e parentes podem também ler para seu filho, e também pessoas voluntárias que na maioria dos centros comunitários ou outras instituições estão disponíveis e gostam de fazer isso.



5. Compre um Dicionário Infantil. Procure por um que tenha figuras ao lado das palavras. Então começe a desenvolver o hábito de brincando com a criança, provocá-la dizendo frases tais como: "Vamos descobrir o que isto significa?"



6. Faça com que Materiais de Escrever, tais como lápis, giz de cera, lápis coloridos, canetas, etc, estejam sempre disponíveis e a vista de todos.



7. Procure assistir programas Educativos na TV e Vídeo. Programas infantis onde a criança possa se divertir, aprender o alfabeto e os sons de cada letra.



8. Visite com frequencia uma Biblioteca. Começe fazendo visitas semanais à biblioteca ou livraria quando seu filho for ainda muito pequeno. Se possível cuide para que ele tenha seu próprio cartão de acesso e empréstimo de livros da biblioteca. Muitas bibliotecas permitem que crianças tenham seus próprios cartões personalizados com seu nome impresso, caso ela queira, exigindo apenas que um adulto seja o responsável e assine por ela.



9. Leia você mesmo. O que você faz serve de exemplo para o seu filho.

Fonte:U.S. Department of Education/Helping Your Child Get Ready For School series
Saiba mais lendo: Bons motivos para cuidarmos da leitura

Criança Genial - CG às 22:10

terça-feira, 22 de setembro de 2009

domingo, 20 de setembro de 2009

Cisnes Selvagens,de Jung Chang


Jung Chang decidiu escrever a história da sua família como parte da história da própria China. Começou com a avó, Yu Frang, que aos 15 anos de idade, em 1924, foi obrigada por seu pai a casar-se com um general que já tinha três outras mulheres. Esse era um tempo em que as mulheres ainda eram obrigadas a esmagar e manter amarradas as articulações dos pés, para que o seu andar fosse tão gracioso como o movimento dos cisnes nas águas de um lago tranquilo. O resultado é "Cisnes Selvagens", um romance fascinante e poderoso, que atravessa três gerações de mulheres de uma família que viveu o entusiasmo, a repressão, a violência e a degradação do regime chinês e maoísmo. Tendo vendido mais de 80 000 exemplares em Portugal, a Quetzal orgulha-se de relançar esta obra fundamental para compreender a Revolução Cultural chinesa e o regime violento e opressivo que não sobreviveu a Mao Tse Tung, de que Jung Chang também escreveu uma biografia inovadora e polémica.

Biografia da autora

Jung Chang

Jung Chang nasceu a 25 de Março de 1952, em Yibin, na província de Sichuan. Os seus pais eram militantes e dirigentes do Partido Comunista. Aos 14 anos, Jung tornou-se membro da Guarda Vermelha, em plena Revolução Cultural – foi por recusar atacar os seus professores e os seus pais, no clima de violência criado por Mao, que a levou à oposição ao regime. Em Cisnes Selvagens, Jung trata o modo como Mao perseguia, até à morte, os seus opositores. Deixou a China em 1978, vive em Londres e escreveu (com o seu marido, o historiador Jon Halliday) a mais longa, exaustiva e polémica biografia do dirigente chinês

sábado, 19 de setembro de 2009

Biografia de Irvin D.Yalom



O romancista académicoYalom nasceu em Washington, D.C., a 13 de Junho de 1931. Os seus pais imigraram da Rússia (de uma pequena aldeia chamada Celtz, perto da fronteira polaca) pouco depois da Primeira Guerra Mundial. Viveu toda a sua infância em Washington, num apartamento que ficava por cima da loja de conveniência de que os pais era proprietários. Era um bairro pobre e problemático e andar nas ruas era muitas vezes perigoso. Yalom refugiava-se frequentemente em casa, a ler. Duas vezes por semana fazia o “perigoso percurso” de bicicleta até à biblioteca municipal para se abastecer de livros. Começou pelas biografias, de A (John Adams) a Z (Zoroastro). Mas foi na ficção que encontrou o seu refúgio, um mundo alternativo e mais satisfatório. Uma fonte de inspiração e sabedoria. Quando escolheu estudar medicina, por se sentir mais perto de Dostoevsky ou Tolstoi, já tinha em mente seguir psiquiatria. Psicoterapeuta e professor “Emeritus” de psiquiatria na Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, tem inúmeros títulos na área académica.

Mentiras no Divã


Depois do sucesso de 'Quando Nietzsche chorou', Irvin D. Yalom retorna com uma história ambiciosa sobre a moralidade das terapias e a complexidade das emoções humanas. Neste romance provocativo, Yalom disseca o relacionamento de três terapeutas com seus pacientes. Seymour, patriarca da comunidade de psiquiatria e ex-presidente da Associação Psiquiátrica Americana, é acusado de má conduta sexual com uma de suas clientes; Marshal, centrado no sucesso material, é orgulhoso, cego pela cobiça e obcecado pela dolce vita dos ricos. E Ernest Lash, o delicado elo de ligação entre eles. Impulsionado pelo desejo de ajudar os doentes e pela fé inabalável na psicanálise, esconde seu fanatismo sob a máscara de férrea responsabilidade. Em sua preocupação com os problemas da existência, inventa uma radical abordagem para suas sessões de psicoterapia; honestidade brutal entre analista e analisado. Os resultados são tão inesperados quanto perigosos. Explorando os jogos de poder e os vínculos interpessoais, 'Mentiras no divã' é uma história tensa e eloqüente, onde dilemas de lealdade apresentam-se com clareza e vigor.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009


ATENDIMENTO: Hospital São Lucas, 3º andar - sala 309 - fone: 3320.3367EQUIPE: Dr. Diogo Lara (supervisão), Dra. Elaine Martin, Dra. Andréia Sandri e Dra. Luisa Bisol. - www.bipolaridade.com.br

Temperamento FORTE e Bipolaridade


O temperamento forte é um ponto em comum dos grandes aventureiros, artistas, empreendedores, revolucionários, e também dos boêmios, malandros, abusadores de drogas, jogadores e viciados em adrenalina. As características dos temperamentos fortes podem se manifestar sem transtornos. Mas quando ocorrem alterações de humor - oscilações entre os pólos da euforia e da tristeza, passando por agressividade, apatia ou ansiedade - caracteriza-se a bipolaridade. Este livro mostra a influência do temperamento e do humor em nossas vidas, ajudando a reconhecer e resolver as situações em que o humor desafina, sai do tom. Serve ainda como um alerta aos diagnósticos de depressão e déficit de atenção (DDA) e ao uso excessivo de antidepressivos e psicoestimulantes, tão prescritos atualmente. E também questiona nosso estilo de sociedade, que oferece cada vez mais estímulos e novidades e menos limites.
Comentário
Este é um livro que foge com felicidade às regras. Trata de um dos maiores temas psiquiátricos da atualidade, o transtorno bipolar, objeto de estudo de clínicos e pesquisadores mundo afora. Aqui, o enfoque é novo: parte da análise de algo que parecia esquecido na psiquiatria moderna, o temperamento, e examina a bipolaridade à luz desta questão. As descrições clínicas são feitas de forma coloquial, e as indicações terapêuticas de maneira acessível aos leigos. Este é um livro pessoal, em que o autor analisa o tema como psiquiatra e como ser humano, e expõe, de maneira clara e amena, seus pontos de vista. Assim, pode ser lido com proveito, e sem dúvida com prazer, tanto por psiquiatras como por leigos, e muito particularmente pelos bipolares. Constitui também material de reflexão para sociólogos e quem mais estiver in teressado na estrutura da sociedade atual, que o autor qualifica, com razões, como bipolar. Há relatos ilustrativos de aspectos temperamentais de figuras do mundo das artes e dos esportes, e interessantes especulações sobre sua relação com a bipolaridade. Há também numerosos e úteis conselhos de vida, aproveitáveis por pacientes, psiquiatras, psicólogos e pelo público em geral. A leitura é fácil e direta, e o leitor consegue estabelecer aquilo que a maioria dos autores deseja e poucos conseguem: um elo de contato direto com o escritor; um certo nível de cumplicidade. Como o autor salienta que não é preciso estar de acordo com suas colocações para entendê-lo, abre caminho para um fecundo diálogo com profissionais e pacientes. Creio, assim, que este excelente livro pode ter valor heurístico.
Iván Izquierdo - neurocientista http://www.adjorisc.com.br/jornais/correiodonorte/noticias/index.phtml?id_conteudo=203472

Especialista em 'mentes perigosas' analisa Flora, uma psicopata típicaO Globo

A Revista da TV convidou a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, autora do livro ''Mentes perigosas: o psicopata mora ao lado'' (ed. Objetiva), para analisar Flora, a vilã de 'A favorita'. Para ela, Flora é uma psicopata típica. Leia o artigo de Ana Beatriz:
Diante de uma Irene (Glória Menezes) inconsolável por descobrir que foi cruelmente enganada, manipulada e chacoteada por Flora, Lara (Mariana Ximenes) profere as seguintes palavras: "É, vó, a gente sempre acha que as pessoas sempre têm dois lados: um lado bom e um lado mau. E aí, quando a gente percebe o mal absoluto diante da gente, a gente não sabe com lidar, não sabe como se defender. Não foi só a senhora que a Flora enganou. Todo mundo caiu na conversa dela. A única diferença é que a senhora foi a última a saber."
Esta cena da novela "A favorita" revela muito da trama que arrebatou o país e que teve como pivô a malvada Flora, interpretada com maestria pela atriz Patrícia Pillar. Flora não é uma vilã qualquer, vingativa, rancorosa, que sofreu maus tratos na infância e tampouco louca. Ela é uma psicopata típica que sabe muito bem o que faz, com quem faz e na hora em que faz. Seu cérebro é 100% razão e zero emoção, por isso sabe discernir perfeitamente o certo do errado e transgride as regras sociais de forma fria e calculada.
Lara tinha razão. Flora não representa o lado mau que existe em cada um de nós: ela é o próprio mal, na sua mais pura essência. Ela é insensível, manipuladora, inescrupulosa, dissimulada, perversa, imoral e totalmente desprovida de sentimentos de compaixão, culpa ou remorso. Considera-se imbatível, poderosa, se delicia com seus feitos maquiavélicos e sente um enorme prazer ao assistir o sofrimento que produz nos outros.
O que mais choca o público é justamente a condição essencial que faz de Flora uma psicopata grave: ela não ama e muito menos tem consideração por qualquer pessoa, seja por seus comparsas (Silveirinha e Dodi) ou por sua própria filha. Todos ao seu redor são apenas peças de um tabuleiro, cujo jogo é somente obter poder, status e prazer. Eloquente, sedutora e "inteligente", Flora tem o agravante de ser bonita. Costumamos associar beleza com bondade, mas, em se tratando de psicopatia, um velho e bom ditado ainda reina em plenitude: "Quem vê cara, não vê coração."
Se quisermos nos fortalecer contra as ações predadoras dos psicopatas, que não são poucos, devemos aprender como eles pensam e agem. O conhecimento, neste caso, é a única arma possível para evitarmos o risco de sermos a próxima vítima. Nem todo psicopata é do tipo grave como a vilã Flora; a maioria não chega a matar. No entanto, todos, invariavelmente, deixam marcas de destruição por onde passam. Essas mentes perigosas estão por aí, convivendo com todos nós, matando sonhos, esperanças e a confiança que as pessoas do bem depositam nelas.

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Veja.com

Trecho de Mentes Perigosas, de Ana Beatriz Barbosa Silva
Ser consciente é ser capaz de amar
Como visto na aula do professor Osvaldo, o termo consciência é ambíguo, sugerindo dois significados totalmente distintos. E por isso mesmo, é compreensível que a esta altura o leitor esteja confuso. Na realidade, a consciência é um atributo que transita entre a razão e a sensibilidade. Popularmente falando, entre a "cabeça" e o "coração".
Falar sobre consciência pode ser uma tarefa "fácil" e "difícil" ao mesmo tempo. O "fácil" são as explicações científicas sobre o desenvolvimento da consciência no cérebro, que envolvem engrenagens como atenção, memória, circuitos neuronais e estruturas cerebrais, que só serviriam para confundir um pouco mais. Nada disso vem ao caso agora, pelo menos não é esse o meu propósito. Portanto, esqueça! Aqui, vou considerar o lado "difícil", subjetivo e relativo ao sentido ético da existência humana: o SER consciente.
Mostrar apreço às condutas louváveis, ser bondoso ou educado, ter um comportamento exemplar e cauteloso, preocupar-se com o que os outros pensam a nosso respeito nem de longe pode ser definido como consciência de fato. Afinal, a consciência não é um comportamento em si, nem mesmo é algo que possamos fazer ou pensar. A consciência é algo que sentimos. Ela existe, antes de tudo, no campo da afeição ou dos afetos. Mais do que uma função comportamental ou intelectual a consciência pode ser definida como uma emoção.
Peço licença e vou um pouco além. No meu entender, a consciência é um senso de responsabilidade e generosidade baseado em vínculos emocionais, de extrema nobreza, com outras criaturas (animais, seres humanos) ou até mesmo com a humanidade e o universo como um todo. É uma espécie de entidade invisível, que possui vida própria e que independe da nossa razão. É a voz secreta da alma, que habita em nosso interior e que nos orienta para o caminho do bem.
A consciência nos impulsiona a tomar decisões totalmente irracionais e até mesmo com implicações de risco à vida. Ela permeia as nossas atitudes cotidianas (como perder uma reunião de negócios porque seu filho está ardendo em febre) e até as nossas ações de extrema bravura e de auto-sacrifício (como suportar a dor de uma tortura física e psicológica em função de um ideal). E, assim, a consciência nos abraça e conduz pela vida afora, porque está em plena comunhão com o mais poderoso combustível afetivo: o amor.
De forma bem prosaica, imagine a seguinte situação:
Você está no aconchego do seu apartamento, depois de um dia exaustivo de trabalho e reuniões. Momentos depois, o interfone toca anunciando a visita inesperada de uma grande amiga. Ela está grávida de sete meses e chegou abarrotada de sacolas com as últimas compras do enxoval. Apesar do cansaço, você fica verdadeiramente feliz com sua presença.
Por alguns momentos, vocês conversam alegremente sobre o bebê, os planos para o futuro e colocam as "fofocas" em dia. Lá pelas tantas da noite, sua amiga diz que precisa ir embora.
Em frações de segundos, você pensa: "Preciso tomar um banho e dormir, será que ela vai entender se eu não acompanhá-la até a portaria do prédio?", "Mas ela está grávida e tem tanta coisa pra carregar!", "É melhor eu ir junto, não foi isso que me ensinaram."
Bom, essa tagarelice mental, que azucrina tal qual um crime cometido, sem dúvidas não é imoral. É absolutamente humana, natural e foge ao nosso controle. Mas também não é a sua consciência soprando no seu ouvido.
Ao contrário do "vou ou não vou", você é imediatamente tomado por um impulso generoso e se flagra no elevador com sua amiga, suas bolsas e sacolas. Chama um táxi, abre a porta do carro, diz ao motorista para ir com cuidado e se despedem felizes.
Hum! A consciência é assim mesmo: chega sem avisar e não complica, apenas faz! Copyright © Editora Abril S.A. - Todos os direitos reservados

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Mentes Perigosas




Quando pensamos em psicopatia, logo nos vem à mente um sujeito com cara de mau, truculento, de aparência descuidada, pinta de assassino e desvios comportamentais tão óbvios que poderíamos reconhecê-lo sem pestanejar. Isso é um grande equívoco! Para os desavisados, reconhecê-los não é uma tarefa tão fácil quanto se imagina. Os psicopatas enganam e representam muitíssimo bem. "Mentes Perigosas" discorre sobre pessoas frias, manipuladoras, transgressoras de regras sociais, sem consciência e desprovidas de sentimento de compaixão ou culpa. Esses "predadores sociais" com aparência humana estão por aí, misturados conosco, incógnitos, infiltrados em todos os setores sociais. São homens, mulheres, de qualquer raça, credo ou nível social. Trabalham, estudam, fazem carreiras, se casam, têm filhos, mas definitivamente não são como a maioria da população: aquelas a quem chamaríamos de "pessoas do bem". Eles podem arruinar empresas e famílias, provocar intrigas, destruir sonhos, mas não matam. E, exatamente por isso, permanecem por muito tempo ou até uma vida inteira sem serem descobertos ou diagnosticados. Por serem charmosos, eloqüentes, "inteligentes" e sedutores costumam não levantar a menor suspeita de quem realmente são. Visam apenas o benefício próprio, almejam o poder e o status, engordam ilicitamente suas contas bancárias, são mentirosos contumazes, parasitas, chefes tiranos, pedófilos, líderes natos da maldade. Em casos extremos, os psicopatas matam a sangue-frio, com requintes de crueldade, sem medo e sem arrependimento. Porém, o que a sociedade desconhece é que os psicopatas, em sua grande maioria, não são assassinos e vivem como se fossem pessoas comuns.
Editora: Fontanar
Autor: ANA BEATRIZ BARBOSA SILVA
ISBN: 9788573029161
Origem: Nacional
Ano: 2008
Edição: 1
Número de páginas: 210
Acabamento: Brochura
Formato: Médio
.http://www.objetiva.com.br/objetiva/cs/?q=node/1730 Acesse a entrevista com a autora do livro.

Biografia da autora


Já não é novidade que a escritora irlandesa Marian Keyes deu a volta por cima ao lutar contra o vício do alcoolismo. Ela, que atualmente, tem seu lugar garantido no meio literário e grande destaque nas prateleiras das livrarias, conversou com a equipe do Resenhando.com e falou sobre suas alegrias, suas personagens e como é ser uma escritora irlandesa, país com uma história cheia de tradições. HISTÓRIA: Marian Keyes, a mundialmente famosa autora de Melancia, Casório?!, Férias!, É Agora ou Nunca, Sushi, Los Angeles e o novíssimo Um Bestseller pra Chamar de Meu, nasceu em Limerick, na Irlanda, em 1963. Após ter problemas com álcool e tentar suicidar-se, entrou para a reabilitação. Após vencer o vício, começou a escrever contos. Hoje, com livros publicados em 30 idiomas, Marian mora em Dublin com o marido, Tony. Graduada em Direito, sem exercer a profissão, a autora de bestsellers, mergulha no universo feminino e retrata seus detalhes com muito humor e leveza. Perfis realistas que podem ser reconhecidos em Jojo, Lily e Gemma de Um Bestseller pra Chamar de Meu.Neste, Gemma é apresentada por um e-mail que escreve para Susan:

Férias


Férias trata-se de uma autobiografia da famosa autora irlandesa Marian Keyes. A história é narrada por Rachel, uma mulher viciada em cocaína e álcool que acaba de perder o namorado e infelizmente quase perde a vida por causa do consumo de drogas. Conseqüentemente, ela começa a se destruir aos poucos. Em seguida, depois de quase morrer de uma overdose de antidepressivos, toma uma decisão séria e resolve abandonar a glamourosa cidade de Nova Iorque e volta para a casa de sua família na Irlanda do Sul. Chegando lá, interna-se numa clínica a fim de se livrar de uma vez por todas de seu vício e, aos poucos, tenta reconquistar o namorado e reconstruir a vida. Com muito bom humor, a narradora Rachel caçoa de seus próprios problemas, percebe que chegou ao fundo do poço, junta forças para tomar uma decisão e consegue dar a volta por cima. Por fim, Rachel recobra sua auto-estima e encontra a redenção pessoal justamente como ocorreu com Marian Keyes.

sábado, 12 de setembro de 2009

Melância




Sentimentalismos à parte, Melancia é uma rara surpresa da literatura estrangeira contemporânea. Por esse motivo, não é de se admirar que antes de estar na lista dos mais vendidos no Brasil, estourou na Inglaterra, fazendo com que a escritora irlandesa Marian Keyes, autora do livro, tenha vendido a peso de ouro os direitos autorais para a publicação de suas obras na Alemanha e Estados Unidos. O universo da mulher na faixa dos 30 anos é retratado por meio de personagens carismáticos, reviravoltas e comentários hilariantes e feministas da protagonista. É claro que não faltam farpas ao comportamento masculino. Melancia é de uma leitura maravilhosamente despretensiosa, ironizando e se aproveitando dos clichês para elaborar uma boa história, embora com uma narrativa àgua-com-açúcar e previsível. O livro conta o drama da garçonete Claire, abandonada pelo marido após dar à luz uma menina, logo depois que ele confessa ter um caso com uma vizinha também casada. Com a auto-estima em baixa, 29 anos e a forma física aparentando a de uma melancia, Claire resolve voltar para a casa da família: o pai à beira de um ataque de nervos, a mãe com fobia de cozinha e viciada em telenovelas e duas irmãs. Uma, destruidora de corações; outra, fanática pelo ocultismo. Em meio a muitas lágrimas, depressão e bebedeiras, Claire refaz a vida e se interessa por Adam - boa pinta, inteligente e, claro, supersensível. O problema é que ela acha que Helen - a irmã demolidora de corações - está apaixonada, pela primeira vez, pelo tal galã e não quer magoá-la. Para complicar a situação, James, o marido, volta, acusando a mulher de tê-lo induzido a procurar uma amante. Cada capítulo do livro parece o episódio de uma Sitcom - Situation Comedy - ou mesmo um folhetim de alguma novela das seis. O enredo gira em torno de coincidências ("... então, simplesmente aconteceu que me sentei ali e Adam entrou, apenas uma hora e meia depois que eu chegara..." pág. 276), segredos que só se revelarão no último capítulo, um audacioso plano de vingança e uma lição de moral: o que não mata fortalece, desde que a desgraça seja encarada com o mínimo de senso de humor. Bom para você ler quando estiver triste. O jeito é degustar a Melancia com prazer, já que o livro está bem longe de ser um "abacaxi".
Título Original: Watermelon
Autora: Marian Keyes
490 páginas
Ano: 2004
Tradução: Sônia Coutinho
Editora: Bertrand Brasil